Livro de arte do cinema: a cartomante

Livro acadêmicos da arte do cinema: A cartomante

 
Tudo começou com A Cartomante, de Machado de Assis. Quer dizer, com A Cartomante do Machado revista pelo Wagner, que me procurou dizendo que tinha um roteiro adaptado de um conto de Machado de Assis e tinha vontade de filmá-lo. Sílvia, se você gostar do personagem, ficaríamos muito felizes de contar contigo nesse projeto, ele me disse. Eu respondi que adoraria ler e torcia por vir a gostar do roteiro, do personagem e ter a oportunidade de fazer um filme de longa-metragem. Fiquei apaixonada por aquela história de época, por aquele triângulo amoroso, pela possibilidade de fazer uma alpinista social no Brasil Império, que era a personagem que tinha sido acrescida ao roteiro. Mais do que uma atriz com vontade de experimentar um novo papel, eu era uma leitora envolvida completamente por uma narração linda, intensa, apaixonada, passional e triste em seu final. Talvez o mesmo sentimento de quando assisti a Romeu e Julieta no cinema.
Tinha uns 12 anos, fiquei inexplicavelmente maravilhada e sofri junto com aqueles dois adolescentes (como eu) que morreram por se amarem
tanto. O Wagner, assim como Pablo Uranga e Luigi Baricelli, eram outros apaixonados, com vontade de realizar, sérios, honestos (no mais tocante e largo sentido da palavra) e dedicados. Me tornei uma 4ª mosqueteira. Infelizmente, não conseguimos levantar todo o dinheiro para realizar o nosso tão desejado sonho de época. Wagner, inspirado para escrever como sempre, imbuído daquela tocante história de amor, escreveu a 2ª Cartomante. Que não tinha nada a ver com a primeira. Era quase um roteiro original. Devo confessar que, inicialmente, sofri um pouco com isso, fiquei triste em ter que deixar a minha alpinista social. Temi ao pensar que eu poderia não gostar nada deste novo roteiro, já estava tão envolvida com a outra história. Mas, para minha surpresa, o Wagner me presenteou com uma vilã. Não uma vilã qualquer. Era uma mulher velada, que vai se descortinando ao longo do filme. Que bom! Todo ator quer um vilão.
 
Continuei envolvida até o pescoço. Além disso, amor e paixão que sempre existiram continuavam lá. Maldade e perversidade acrescentavam. Queria participar, me envolver o quanto fosse possível. E foi o que, curiosamente, aconteceu a todos que se juntaram ao projeto. Trocávamos idéias, sugeríamos coisas, assistíamos a filmes juntos, pensávamos no elenco. Se interessaram, se dedicaram, se envolveram. Mesmo com todas as dificuldades e adversidades que tivemos, estávamos todos ali, juntos, apaixonados, entregues pela arte de fazer arte. Nessa época, o Wagner já tinha deixado seu cargo
tão promissor na TV Globo e tinha se entregado totalmente a esse sonho (mas com muito pé no chão!). Minha casa se tornou local de leitura e reunião. Luigi, Pablo, Wagner e eu líamos todos os personagem, procurávamos agilizar eventuais passagens do texto, pensávamos em figurino, cabelo, maquiagem, enfim, onde cada um podia cooperar para que as gravações transcorressem da melhor forma possível e com tão pouco dinheiro. Minha casa também se transformou em local de ensaio, emprestei objetos domésticos, móveis e peças de roupas para que pudéssemos agilizar tudo. Além disso, continuava dando meus telefonemas e contatando pessoas e/ou empresas que pudessem ainda nos ajudar e aumentar nossa verba.
Nos preparamos o melhor que pudemos, todos. Independentemente de tudo, estávamos juntos, coesos, integrados. Fomos muito bem tratados, muito! Wagner e Pablo foram impecáveis. Comandaram a equipe como se fossem experientes no ofício, sem stress, com educação, humor, firmeza quando necessário, carinho e objetividade. Pode parecer piegas, mas acredito que foi isso que me fez entrar de cabeça nesse projeto. Essa seriedade, honestidade, determinação e dedicação deles.
 
Com todas as dificuldades, nós fizemos o filme! Acredito que, mesmo com todos os erros, fizemos bem. Me sinto feliz de ter participado de um projeto desde o seu início. De ter ajudado para que ele acontecesse, para que, quem sabe?, venham muitas outras realizações/feitos pessoais e profissionais em seqüência deste. Wagner querido, obrigada por me presentear com a Antonia e de me propiciar a realização de um projeto tão trabalhado e batalhado. A toda a equipe que esteve junta neste barco, meu carinho, agradecimento e reconhecimento.
 
Silvia Pfeifer
atriz
 
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