Livros do Escritor Castro Alves
BIOGRAFIA DE CASTRO ALVES
Espumas Flutuantes - Castro Alves
O NAVIO NEGREIRO - CASTRO ALVES
O Navio Negreiro é narrado por um eu-lírico não identificado, o qual relata sobre as experiências em uma embarcação de escravos desde a beleza dos mares e céus até a dor e sofrimentos dos negros.
Inicialmente temos o eu-lírico cantando a beleza do alto mar, descrevendo os ventos nas velas, a fusão do céu e do mar, o brilho da lua e dos astros, as ondas do mar e a música que a brisa cria. Fala ainda de como o navio caminha sem deixar rastros e de como eram felizes aqueles que puderam contemplar toda a majestade dessas cenas.
Depois, fala da bravura dos marinheiros que cantam glorificando suas pátrias ou os versos de Homero ou ainda canções do passado, que desvendam os mares, no qual Ulisses velejou e de como se tornam apenas filhos do mar.
OS ESCRAVOS - CASTRO ALVES
Castro Alves não foi o primeiro poeta romântico a tratar do tema da escravidão. Antes dele, Gonçalves Dias, Fagundes Varela e outros abordaram a questão. No entanto, nenhum poeta foi mais veemente e engajado à causa social e humanitária do abolicionismo como ele. Castro Alves procurou aprofundar as implicações humanas da escravatura adequando a sua eloqüência condoreira à luta abolicionista. Retrata o escravo de modo romanticamente trágico para despertar a sociedade, habituada a três séculos de escravidão, para o que há de mais desumano neste regime. O maior exemplo deste retrato está em A Cachoeira de Paulo Afonso, longo poema narrativo, escrito em 1870, que conta a história de amor de dois escravos, Lucas e Maria, pintada com fortes cores dramáticas.
VOZES D'ÁFRICA - CASTRO ALVES
Castro Alves foi um jovem entusiasmado pelas grandes causas da liberdade e da justiça. A campanha contra a escravatura lhe inspirou Vozes d'África (1868) e O NAVIO NEGREIRO (1869).
Ele, como ninguém, impingiu os acentos da poesia ao exprimir a dor de todo um continente em Vozes d'África, poema de estilo épico, que pertence ao livro Escravos. O autor, divergindo do indianismo, passou à História como o poeta dos escravos, ao criar poemas abolicionistas como este.
Vozes d'África, o último dos mais importantes poemas que o poeta escreveu em São Paulo, para os escravos, é uma alegoria do pungente destino da raça africana, vista não já através de um navio negreiro, mas em seu próprio e vastíssimo habitat. É uma doce prosopopéia em que a África narra suas desgraças e impetra a misericórdia divina, portanto, o eu-lírico, neste poema, é a África, que se queixa a Deus pela desventura de ver seus filhos arrebatados do solo pátrio para serem escravizados, e lançados ao desamparo. É soberba apóstrofe do continente escravizado, a implorar justiça de Deus. O que indignava o poeta era ver que o Novo Mundo, "talhado para as grandezas, pra crescer, criar, subir", a América, que conquistara a liberdade com formidável heroísmo, se manchava no mesmo crime da Europa.
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