Livros de Bernardo Guimarães
Biografia de Bernardo Guimarães:
Bernardo Guimarães (1825-1884) foi romancista e poeta brasileiro. "A Escrava Isaura" foi o seu romance mais popular. Estudou Direito em São Paulo. Foi juiz municipal na cidade de Catalão em Goiás. Foi jornalista, professor de latim, francês, retórica e poética. Estreou como poeta com "Cantos da Solidão", mas foi como romancista que seu nome ganhou destaque. Foi considerado o criador do romance sertanejo e regional, ambientado em Minas Gerais e Goiás. De todos os seus romances "O Seminarista" é considerado sua melhor obra. É patrono da cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras.
Bernardo Guimarães (1825-1884) nasceu no dia 15 de agosto, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Filho de João Joaquim da Silva Guimarães e Constança Beatriz de Oliveira Guimarães. Estudou no seminário e aos 22 anos ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi amigo de Álvares de Azevedo e de Aureliano Lessa. Formou-se em 1852.
Seu primeiro livro publicado foi "Cantos da Solidão", obra poética identificada com sua fama de boêmio e satírico, ainda na faculdade. Logo depois de formado foi para Catalão, em Goiás, onde exerceu o cargo de juiz municipal e lá permaneceu de 1832 até 1854.
Bernardo Guimarães foi morar no Rio de Janeiro em 1858, onde trabalhou como jornalista e crítico literário, no Jornal Atualidades. Em 1861 volta para Catalão, onde reassume o cargo de juiz municipal. Em 1866 é nomeado professor de retórica e poética no Liceu Mineiro de Ouro Preto.
Bernardo Guimarães publica em 1872, seu romance "O Seminarista", onde expõe sua crítica ao celibato religioso. É considerada sua melhor obra. Em 1873 leciona latim e francês na cidade de Queluz em Minas Gerais. É Patrono da cadeira nº5 da Academia Brasileira de Letras e Patrono da cadeira nº15 da Academia Mineira de Letras.
Seu romance mais popular foi "A Escrava Isaura", publicado em 1875, foi reproduzido para a televisão, com grande sucesso e levado para mais de 150 países. O romance conta o amor de Isaura, uma escrava branca, e Álvaro um jovem abolicionista e republicano.
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães faleceu no dia 10 de março de 1884, em Ouro Preto, Minas gerais
A DANÇA DOS OSSOS - BERNADO DE GUIMARÃES
O conto “A dança dos ossos”, de Bernardo Guimarães, consiste em uma troca de relatos proferidos em torno de uma fogueira, diante de uma casa de recebedoria no interior de Goiás. O narrador se encontra em meio a um grupo de homens rústicos, entre os quais está um barqueiro, chamado Cirino, que conta a todos o que lhe aconteceu quando passava pela floresta e se deparou com um esqueleto que pulava e dançava. Nossa proposta é comentar três aspectos deste conto: o modo narrativo, a construção do medo e a caracterização de um monstro.
ESCRAVA ISAURA - BERNADO GUIMARÃES
Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e cruel.
O romance A Escrava Isaura foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo anti-escravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.
O estudioso Manuel Cavalcanti Proença observa que: "Numa literatura não muito abundante em manifestação abolicionistas, é obra de muita importância, pelo modo sentimental como focalizou o problema, atingindo principalmente o público feminino, que encontrava na literatura de ficção derivativo e caminho de fuga, numa sociedade em que a mulher só saía à rua acompanhada e em dias pré-estabelecidos; o mais do tempo ficava retida em casa, sem trabalho obrigatório, bordando, cosendo e ouvindo e falando mexericos, isto é, enredos e intrigas, como se dizia no tempo e ainda se diz neste romance."
A ORGIA DOS DUENDES - BERNADO GUIMARÃES
Este poema de Bernardo Guimarães surgiu publicado na coletânea intitulada Poesias, cuja primeira edição é de 1865.
Como se pode perceber, trata-se da descrição de um sabbat muito pouco ortodoxo, por se constituir numa paródia bem ao gosto dos modernos, o que permite entender o poeta como um precursor, pelo menos sob este aspecto.
Os versos, com métrica de nove sílabas, já bem anunciam a ruptura proposta pelo autor e fazem com que a metáfora estrutural que percorre o texto seja levada ao limite da eficiência no seu propósito de diluir a subjetividade e o sentimentalismo tipicamente românticos.
Ao longo do texto, o poeta reproduz uma cerimônia clássica de uma festa do sabbat, só que nos trópicos americanos, o que vale dizer: com a utilização de um indianismo gonçalvino ironizado e parodiado.
Na estrofe final, como que levando ao paroxismo sua intenção jocosa, a donzela romântica atravessa a natureza sem se dar conta do que ali se passou.
Na música, o compositor russo Mussorgsky fez uso do mesmo recurso descritivo que nosso autor - aqui pioneiramente - retoma, mas como um mal do século desconstruído.
Este poema despretensioso em sua aparente simplicidade é um exemplo de criatividade e imaginação de nosso romantismo multiforme.
VEJA TAMBÉM:
100 Ferramentas de Coaching
Queima de 48 Horas 2.0